O Dia do
Empreendedorismo Feminino comemorado mundialmente no dia 19 de novembro. A
iniciativa foi criada em 2014 pela ONU e liderada pela ONU Mulheres, com o
intuito de destacar e fortalecer o papel da mulher no ambiente
empreendedor e de negócios.
O exemplo tem efeito
multiplicador. Ao contar histórias de mulheres empreendedoras, abrimos caminho
para a próxima geração de uma maior igualdade dentro dos espaços
corporativos.
Hoje, trouxemos relatos
de mulheres empreendedoras para inspirar outras mulheres e homens; mulheres que
já passaram por muitas dificuldades para liderarem grandes empresas.
Empreendedoras de sucesso
Leila Velez e Zica Assis
– Beleza Natural
Imagine essa rotina se
repetindo todos os dias durante a semana: uma ex-empregada doméstica, um
ex-taxista e dois ex-atendentes do McDonald’s diariamente colando no vidro
atrás do motorista o “anúncio” em papel xerocado, com os seguintes dizeres: “Se
seus cabelos são um problema, nós somos a solução”.
Foi assim que Zica Assis
e Leila Velez começaram a divulgar seus produtos, há mais de 20 anos atrás.
Nessa época, já misturavam produtos e matérias-primas para finalizar cabelos
cacheados.
Ambas contam que foram
intermináveis testes – deixando até familiares carecas, mas finalmente
encontraram a fórmula.
Assim, nasceu o Beleza
Natural, primeiro instituto especializado em cabelos crespos, cacheados e
ondulados do Brasil. E não pense que o sucesso não veio rápido, viu? Iniciou
com uma salinha de 30m² que recebia imensas filas na porta, tocada pelos quatro
sócios.
As chances de dar errado
eram grandes, mas nas palavras da presidente e co-fundadora, Leila Velez, “a
gente acreditava muito em um sonho e era tudo que a gente tinha”.
Luiza Helena Trajano –
Magazine Luiza
Essa história muita gente
já conhece, mas foi inseri-la em nossa lista para reforçar a inspiração. Luiza
nasceu e foi criada no interior de São Paulo, em Franca, sendo filha e sobrinha
única, conta que aprendeu muito da inteligência emocional com a mãe e a ter
espírito de vendedora com a tia.
Somando valores como
honestidade, sonho grande, generosidade e aprendizado constante, transformou a
loja fundada pelos tios em um dos maiores varejistas do país: o Magazine Luiza.
Em entrevista para o
site Endeavor, diz: “Eu sou vendedora. A minha família é vendedora. Eu não
tenho vergonha de dizer isso. Comecei a trabalhar no varejo aos 12 anos porque
queria comprar presente de Natal para as pessoas que eu gostava. Com o dinheiro
das comissões, eu consegui. Todo mundo que trabalha vende algo para alguém. No
Magazine Luiza, durante cinco anos, todo mundo tinha o cargo de vendedor no
crachá. Isso é motivo de orgulho e não de vergonha.”
Maria José de Lima
Freitas – Mazé Doces
Conhecida como Mazé, a
mudança de vida de Maria José de Lima Freitas veio ao 44 anos de idade, por
meio de doces.
Após perder o emprego de
faxineira e passar mais de um ano desempregada, ela decidiu começar a vender
doces para gerar renda e sustentar os dois filhos. Cenário que é muito comum
nos dias de hoje.
Foi em 1999 que ela
vendeu o primeiro tacho de doce de amendoim, rendendo apenas R$ 20 reais, mas a
doceira que tomou a frente do negócio ficou firme e forte para que o “Mazé
Doces” desse certo.
Atualmente, a Mazé Doces
produz mais de 100 toneladas de doces anualmente, com mais de 25 funcionários e
tem faturamento anual de R$ 1 milhão.
Sônia Hess – Dudalina
Foi no meio de uma
situação que poderia ser vista como prejuízo, que a Dudalina nasceu. Seu Duda,
pai de Sônia Hess, em uma de suas idas para São Paulo para reabastecer o
estoque, acabou comprando muito mais do que o ideal de um tecido.
Foi graças ao espírito
empreendedor da mãe de Sônia, Dona Lina, que a situação reverteu.
Ela descosturou uma
camisa que tinha na venda, entendeu como a peça era feita, contratou duas
costureiras (que passaram a trabalhar no quarto dos filhos) e, naquela tarde,
fizeram três peças que venderam bem rápido.
Da situação, Dona Lina
viu uma oportunidade e assim nasceu a Dudalina, em 1957.
As primeiras lojas de
Balneário Camboriú foram dos pais de Sônia. Segundo ela, as tocadas pela mãe,
de quem herdou a sensibilidade para os negócios, eram muito mais bem sucedidas.
Com 11 irmãos homens,
Sônia assumiu a presidência da camisaria fundada pelos dois e a transformou na
maior exportadora de camisas do país.