O empreendedorismo feminino está
evoluindo e moldando o cenário dos negócios de maneira significativa. Ele
desempenha um papel de extrema importância tanto na esfera econômica quanto na
social. Seus impactos abrangem diversos aspectos da sociedade, promovendo
avanços significativos.
Apesar de avanços no cenário
nacional para mulheres que querem empreender, ainda há obstáculos na jornada
daquelas que querem ter seu próprio negócio como preconceitos e dificuldade de
acesso a crédito.
Para compreender essa questão,
sugerimos o vídeo “Empreendedorismo Feminino: quais são os desafios?”
(duração do vídeo: 25 minutos) disponível em https://www.youtube.com/watch?v=5yKw68CYIAc .
Outro material importante para a
compreensão desse assunto é o texto “Desafios do empreendedorismo
feminino”. Confira abaixo:
Desafios do
empreendedorismo feminino
Começar um negócio, passar
por todas as etapas desde o planejamento até o desenvolvimento e, ainda se
manter no mercado de forma competitiva é bem desafiador. Para tanto exige da
nova empreendedora habilidades diferenciadas e essas questões valem tanto para
os homens, quanto para as mulheres.
Para as mulheres os desafios
podem ser ainda maiores, apesar de terem mais escolaridade que os homens. O
percentual total de mulheres com o ensino médio completo e o superior
incompleto é 10 pontos a mais do que a mesma faixa no grupo masculino.
Dentre os principais desafios que
o empreendedorismo feminino enfrenta, destacamos, a jornada múltipla, o
preconceito, a falta de incentivo e taxas de juros mais altas.
Jornada múltipla
Nas últimas duas décadas, houve
uma evolução da participação das mulheres no mercado de trabalho. Por exemplo,
elas se capacitaram mais que os homens, segundo a GEM de 2018. No entanto,
ainda existe uma pressão cultural para que sejam as responsáveis pelo lar e
pelos cuidados com os familiares.
A pesquisa mostra que no Brasil,
em 2017, as mulheres se dedicaram aos cuidados de pessoas e afazeres
domésticos, cerca de 73% mais horas que os homens. Foram identificadas 18,1
horas/semana das mulheres contra 10,5 horas por semana dedicadas pelos homens.
Por isso, muitas mulheres acabam
se dedicando a seus negócios em tempo parcial. Assim, elas conseguem conciliar
o trabalho remunerado com os afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Quando
falamos de donas de negócio, a pesquisa aponta que as mulheres se dedicam 30% a
menos a suas empresas no comparativo com os homens.
No caso das mulheres
empreendedoras, isso significa que elas precisam se desdobrar em diversos
papéis. Por exemplo, elas se responsabilizam pelas tarefas domésticas e
cuidados e à família ao mesmo tempo em que administram seus negócios. Além
disso, as mulheres ainda cuidam de suas carreiras, atualizando-se
profissionalmente e culturalmente.
Essa jornada múltipla acarreta
uma carga física e psicológica muito alta. Conciliar empresa, casa, família e
estudos não é fácil; ainda assim, as mulheres assumem esses vários papéis
e realizam essas tarefas com garra, mesmo que ás vezes algumas delas fiquem
comprometidas.
Preconceito
A discriminação baseada
em estereótipos de gênero, nomeada sexismo, é outro grande desafio que o
empreendedorismo feminino enfrenta. Inclusive, o tempo todo, ele faz
parte da luta da mulher no mundo dos negócios.
Isto porque, as mulheres ainda
sofrem julgamentos desiguais em relação aos homens. Por sua vez, eles ainda são
considerados mais competentes em assuntos relacionados a negócios. O que pode
ser entendido como efeito da forte influência cultural, construídas e reiterada
por séculos de história.
Assim, o ambiente fica, muitas
vezes, pouco representativo e convidativo às mulheres para que desenvolvam seus
projetos e negócios. Eventualmente, esse cenário é intensificado em setores
onde existe a predominância masculina. Por exemplo, setores de tecnologia e
informática, nos quais a presença feminina ainda é extremamente baixa.
Falta de incentivo
As empreendedoras sofrem com a
falta de apoio de suas próprias famílias. Inclusive, também encontram
dificuldade de aceitação entre os amigos, que não confiam no potencial de
seus negócios.
Apesar disso, algumas
instituições vêm investindo em negócios criados por mulheres, por entender que
quando uma mulher tem um negócio ela se preocupa com o entorno, transbordando o
empreendedorismo e seus desdobramentos para a sociedade.
Uma consequência perigosa disso é
o abalo na autoconfiança. O que é uma questão profunda e pessoal, que pode
trazer grandes prejuízos para o negócio. Por exemplo, a insegurança pode
dificultar a tomada de decisão gerencial por parte da empresária.
De acordo com a GEM 2018, 50,7%
das mulheres concordaram que o medo de fracassar não as impediria de começar um
novo negócio. Por outro lado, 61,4% dos homens afirmaram isso. As mulheres se
mostram mais inseguras nas tomadas de decisão. Quando questionadas se possuem
conhecimento, habilidade e experiência necessárias para iniciar um novo
negócio, 49,2% das mulheres concordaram que possuem, contra 59,5% dos homens.
Quanto aos investimentos, muitas
não recebem incentivos e utilizam recursos próprio ou de empréstimos
familiares. Mais pesquisas apontam que as mulheres pagam mais juros apesar de
serem mais adimplentes do que os homens.
Texto disponível em: https://sebraemg.com.br/empreendedorismo-feminino-desafios-oportunidades/
Há ainda muitos outros desafios na trajetória de empreendedorismo feminino. Deixe aqui nos comentários o que na sua opinião representa um desafio.
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