segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Trajetória da mulher empreendedora


O empreendedorismo feminino é um tema importante a ser discutido, não apenas pelo seu valor econômico, mas principalmente pelas consequências sociais que envolve.

Na Europa, durante e após a 1ª e 2ª guerra mundial, as mulheres se viram obrigadas a empreender, pois seus maridos e pais foram para guerra e muitos não voltaram. Como era necessário sobreviver mesmo com a ausência destes, o caminho foi assumir o negócio da família ou mesmo abrir a própria empresa.

Mas obviamente não foi fácil, naquela época as mulheres não podiam nem mesmo votar. A maior dificuldade era em relação a credibilidade, as pessoas acreditavam que produtos e serviços ofertados por homens eram melhores e mais seguros, ou seja, que só por ser mulher não eram capazes de desempenhar bons serviços. Será que história se repete até hoje?

O Iluminismo e a Revolução Francesa, por exemplo, deram voz para firmar as lutas femininas. Décadas depois, no Brasil, a Constituição de 1988 também trouxe leis que firmaram acesso à igualdade entre homens e mulheres. A partir disso, o empreendedorismo feminino começou a tomar forma.

O empreendedorismo surgiu a partir da consciência que mulheres tiveram com relação às suas capacidades e habilidades diante de um mercado de trabalho, que é majoritariamente masculino. E é aí que o feminismo desempenha um grande papel. O empoderamento delas tem permitido que haja uma ampliação na ocupação feminina. Assim, pouco a pouco – mesmo que lentamente – muitos tabus passam a se desfazer, e o gênero feminino começa a ter cada vez mais voz.





Empreendedorismo feminino no Brasil

Foi nos anos 70 que, no Brasil, a mulher ingressou de maneira mais precisa no mercado de trabalho, surgindo por fim os movimentos sindicais e feministas no país.

 Na década de 1980, mulheres ganharam mais visibilidade dentro do movimento sindical, por conta do surgimento da Comissão Nacional da Mulher Trabalhadora, na Central Única Dos Trabalhadores (CUT). Na Constituição Federal de 1988 a mulher conquistou a igualdade jurídica, sendo considerada tão capacitada quanto o homem. 

Dados do Sebrae apontam que o número de mulheres empreendedoras atingiu 10,3 milhões no terceiro trimestre de 2022, representando 34% do empreendedores do país. 

Ainda de acordo com a pesquisa, o número de empresárias responsáveis pela criação de empregos aumentou em 30% de 2021 para o ano passado.

Embora esses números indiquem um cenário positivo, as mulheres ainda enfrentam desafios no mercado e apesar do aumento das contratações, a pesquisa revela que, dentro do contexto geral de negócios liderados por mulheres, 9 em cada 10 empreendedoras continuam a administrar suas empresas de forma independente.

Infográfico Empreendedorismo no Brasil elaborado a partir das seguintes fontes: Sebrae, Nuvem Shop, Rizzo Franchise e ABF:




Quando falamos de empreendedorismo feminino naturalmente abordamos a questão de gênero. Há inúmeros desafios e dificuldades enfrentados por ser mulher. Comente aqui embaixo o maior desafio enfrentado pelas mulhe
res na sua opinião.

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