O
empreendedorismo feminino é um tema importante a ser discutido, não apenas pelo
seu valor econômico, mas principalmente pelas consequências sociais que
envolve.
Na
Europa, durante e após a 1ª e 2ª guerra mundial, as mulheres se viram obrigadas
a empreender, pois seus maridos e pais foram para guerra e muitos não voltaram.
Como era necessário sobreviver mesmo com a ausência destes, o caminho foi
assumir o negócio da família ou mesmo abrir a própria empresa.
Mas
obviamente não foi fácil, naquela época as mulheres não podiam nem mesmo votar.
A maior dificuldade era em relação a credibilidade, as pessoas acreditavam que
produtos e serviços ofertados por homens eram melhores e mais seguros, ou seja,
que só por ser mulher não eram capazes de desempenhar bons serviços. Será que
história se repete até hoje?
O
Iluminismo e a Revolução Francesa, por exemplo, deram voz para firmar as lutas
femininas. Décadas depois, no Brasil, a Constituição de 1988 também trouxe leis
que firmaram acesso à igualdade entre homens e mulheres. A partir disso, o
empreendedorismo feminino começou a tomar forma.
O
empreendedorismo surgiu a partir da consciência que mulheres tiveram com
relação às suas capacidades e habilidades diante de um mercado de trabalho, que
é majoritariamente masculino. E é aí que o feminismo desempenha um grande
papel. O empoderamento delas tem permitido que haja uma ampliação na ocupação
feminina. Assim, pouco a pouco – mesmo que lentamente – muitos tabus passam a
se desfazer, e o gênero feminino começa a ter cada vez mais voz.
Empreendedorismo
feminino no Brasil
Foi
nos anos 70 que, no Brasil, a mulher ingressou de maneira mais precisa no
mercado de trabalho, surgindo por fim os movimentos sindicais e feministas no
país.
Na
década de 1980, mulheres ganharam mais visibilidade dentro do movimento
sindical, por conta do surgimento da Comissão Nacional da Mulher Trabalhadora,
na Central Única Dos Trabalhadores (CUT). Na Constituição Federal de 1988 a
mulher conquistou a igualdade jurídica, sendo considerada tão capacitada quanto
o homem.
Dados
do Sebrae apontam que o número de mulheres empreendedoras
atingiu 10,3 milhões no terceiro trimestre de 2022, representando 34% do
empreendedores do país.
Ainda
de acordo com a pesquisa, o número de empresárias responsáveis pela criação de
empregos aumentou em 30% de 2021 para o ano passado.
Embora
esses números indiquem um cenário positivo, as mulheres ainda enfrentam
desafios no mercado e apesar do aumento das contratações, a pesquisa revela
que, dentro do contexto geral de negócios liderados por mulheres, 9 em cada 10
empreendedoras continuam a administrar suas empresas de forma independente.
Infográfico
Empreendedorismo no Brasil elaborado a partir das seguintes fontes: Sebrae,
Nuvem Shop, Rizzo Franchise e ABF:
Quando falamos de empreendedorismo feminino naturalmente abordamos a questão de
gênero. Há inúmeros desafios e dificuldades enfrentados por ser mulher. Comente
aqui embaixo o maior desafio enfrentado pelas mulheres
na sua opinião.
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